discos selecionados para a posteridade

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

GROOVERIA ELETROACÚSTICA - GROOVERIA #1 - 2004



Grupo de Sampa, mandando um belo som, numa formação com DJ e scratch, guitarras, keyboard, programações, baixo e bateria. O cd tem participações de Max de Castro, Jair Oliveira, Toninho Horta, Paula Lima, Cláudio Zoli, Zé Ricardo, Max Viana, Tomati, Rappin’Hood e outros músicos de primeira, levando um repertório eclético, com muita black music, batidas funkeadas em composições próprias e versões de Noel Rosa a Prince, de Henri Mancini, passando por Toninho Horta até Djavan.

Este cd foi presente de um grande amigo, Tônio, que comigo compartilha a paixão por discos, música, som de qualidade e parceiro querido de sonzeira!


GROOVERIA ELETROACÚSTICA – GROOVERIA #1 – 2004 – 77Mb - 192Kbps – link para 4shared


Faixas:

1.Passando o som – Jair Oliveira, Tuto Ferraz, Alexandre Grooves e S. Carvalho

2.Tema da Pantera cor de rosa – Henry Mancini

3.When doves cry – Prince

4.Com que roupa – Noel Rosa

5.Zé Colméia groove – Grooveria, Cláudio Zoli e Rappin’Hood

6.Beijo partido – Toninho Horta

7.Nada mal – Grooveria e Alexandre Grooves

8.Quero ver quem vem – Edu Tedeschi

9.Boa noite – Djavan

10. Serrado – Djavan

11.Só de amor – Zé Ricardo

12. Sempre com você - Grooveria e Alexandre Grooves

Músicos:

Guitarra, voz, percussão, teclados – Alexandre Grooves

Bateria, voz, programações, guitarra e bongo - Tuto Ferraz

Rhodes – Marcelo Maita

Guitarra, voz – Marcelo Lima

Baixo – Dudinha

Scratches e loop – DJ Tubarão

Trago aqui um vídeo com uma amostra do som ao vivo que a Grooveria Eletroacústica produz, levando Nada mal. Gravado no programa do Jô. Belo som!



terça-feira, 27 de novembro de 2007

McCOY TYNER - LAND OF GIANTS - 2002


Disco do pianista McCoy Tyner, com Bobby Hutcherson nos vibes, Charnett Moffett no contrabaixo e Eric Harland na bateria, formação muito interessante para estas composições inventivas do ótimo pianista McCoy Tyner. Com interpretações intensas de todos, improvisos cativantes de Bobby Hutcherson, alta performance do baixista Charnett Moffett e uma bateria vigorosa, precisa de Eric Harland. A gravação do álbum foi feita numa nova tecnologia de gravação, sistema DSD, que traz uma qualidade superior de som. Aproveitem! Land of giants!!!

Recomendo outra fonte de música boa, donde baixei este aqui que repasso:

Sunny side of the street - http://herejazz.blogspot.com/


McCOY TYNER – LAND OF GIANTS – 2002 – 84Mb - 192Kbps – link para 4shared


Faixas:

  1. Serra Do Mar – McCoy Tyner
  2. December – McCoy Tyner
  3. Steppin' – McCoy Tyner
  4. If I Were A Bell - Frank Loesser
  5. Manalyuca – McCoy Tyner
  6. Back Bay Blues – McCoy Tyner
  7. For All We Know - Fred Coots e Sam M. Lewis
  8. The Search – McCoy Tyner
  9. Contemplation – McCoy Tyner
  10. In a Mellow Tone – Duke Ellington e Milt Gabler

Músicos:

Piano - McCoy Tyner
Vibes - Bobby Hutcherson
Baixo - Charnett Moffett
Bateria - Eric Harland


Vejam este mesmo quarteto poderoso de McCoy Tyner, Bobby Hutcherson, Charnett Moffett e Eric Harland apresentando o tema African Village, em duas partes. A levada, o groove e os improvisos são incríveis e o contrabaixista viaja nas possibilidades do uso de pedais e o arco!!! Confiram, um grande som! Puro jazz!!!




DENNIS CHAMBERS - OUTBREAK - 2002


Depois de postar 10 discos que considerei essenciais para iniciar o blog, quero trazer novidades no pedaço. Dennis Chambers é um baterista muito bom, com domínio técnico incomum, daqueles de ouvir e deixar o queixo cair! O time de músicos é de primeira e o som é pauleira! John Scofield traz sua guitarra, Michael Brecker toca sax tenor, Randy Brecker trumpete, além de muitos outros, que estão listados abaixo. Muito bom, recomendo em alto e bom som!

Este álbum encontrei e baixei no blog Jazzman, que reúne sons muito legais, não somente jazz, mas música brasileira, acid-jazz, pop, além de filmes também. Recomendo uma visita:


http://jazzmanmp3.blogspot.com/


DENNIS CHAMBERS – OUTBREAK – 2002 – 192Kbps – 78Mb – link para 4shared


Faixas:


1. Roll Call - Jim Beard
2. Otay - Gary Grainger,
John Scofield, Milton Chambers e Robert Aires
3. Groovus Interruptus - Jim Beard
4.
Paris on Mine - Jon Herington
5. In Time - Sylvester "Sly Stone" Stewart
6. Plan B - Dean Brown, Dennis Chambers e Jim Beard
7. Outbreak - Jim Beard e Jon Herington
8. Baltimore, D.C. -
John Scofield
9. Talkin Loud and Sayin Nothin - Bobby Byrd e James Brown

Músicos:

Bateria: Dennis Chambers

Synthesizer, Piano, Arranjador, Orgão (Hammond), Clavinete, Fender Rhodes, Wurlitzer - Jim Beard
Sax (Tenor) - Michael Brecker
Trumpete - Randy Brecker
Baixo, Guitarra - Dean Brown
Baixo - Rodney Curtis
Trombone - Michael Davis
Baixo - Matthew Garrison
Sax (Alto) - Aaron Heick
Guitarra - Jon Herington
Trumpete - Jim Hynes
Baixo - Will Lee
Sax (Baixo), Sax (Tenor), Solista - Bob Malach
Guitarra - Nick Moroch
Conga - Daniel Sadownick
Guitarra, Solista -
John Scofield
Shaker - Arto Tuncboyaciyan
Baixo - Gary Willis

Para vocês degustarem um pouco do trabalho do Chambers, aqui vai um vídeo dele com John Scofield na guitarra, tocando So you say, composição de Scofield do álbum Blue Matter, com Jim Beard e Gary Grainger acompanhando. Curtição!




domingo, 25 de novembro de 2007

BANDA BLACK RIO - MARIA FUMAÇA - 1977


Disco fundamental da famosa Banda Black Rio, talvez o disco mais influente e famoso do movimento Black Rio, acontecido em meados dos anos 70. Parte deste time de excelentes músicos havia tocado no álbum Som, sangue e raça, com Dom Salvador e Abolição, gravação que já traz uma pegada funk, metais em brasa, suíngue nas alturas, o que se repete aqui, em temas instrumentais de primeira qualidade. Os temas autorais possuem riqueza rítmica, trazendo samba, baião temperados com toques de soul music americana com arranjos muito bem elaborados. Já as versões são primorosas, desde Ary Barroso Na baixa do sapateiro como o Baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Casa forte de Edu Lobo ganha um colorido vibrante com o naipe de metais e os sons sintetizados do keyboard.

A Banda Black Rio foi capitaneada por Oberdan Magalhães, saxofonista alto, tenor e soprano, com Cristóvão Bastos nos keyboards, Cláudio Stevenson na guitarra, o vibrante Jamil Joanes no baixo, Barrosinho no trumpete, Lúcio J. da Silva no trombone, Luiz Carlos Santos na bateria e a seção rítmica com Nenê, Geraldo Sabino, Wilson Canegal e Luna.


BANDA BLACK RIO – MARIA FUMAÇA – 1977 – 44Mb - 192Kbps – link para 4shared

Faixas:

1. Maria fumaça – Oberdan e Luiz Carlos

2. Na baixa do sapateiro – Ary Barroso

3. Mr. funky samba – Jamil Joanes

4. Caminho da roça – Oberdan e Barrosinho

5. Metalúrgica – Cláudio Stevenson e Cristóvão Bastos

6. Baião – Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

7. Casa forte – Edu Lobo

8. Lebon via Vaz lobo – Oberdan

9. Urubu malandro – Louro e João de Barro

10. Junia – Jamil Joanes


Deixo aqui uma versão contemporânea de Casa forte, de Edu Lobo, feita pelo powertrio New Samba Jazz, formado por Chico Wilcox no baixo, Eric Escobar no keyboards e Igor Wilcox na bateria. Pelo som que eles fazem, com direito a muita improvisação dos três, dá pra notar que eles com certeza ouviram a Banda Black Rio. Inclusive o vídeo se divide em duas partes.





sexta-feira, 23 de novembro de 2007

DOM SALVADOR E ABOLIÇÃO - SOM, SANGUE E RAÇA - 1971


Reproduzo aqui um ótimo texto de Tárik de Souza sobre este disco. Grande álbum, ritmos brasileiros variados com uma levada mais funkeada e improvisos jazzísticos, Dom Salvador quebrando no piano e a banda Abolição trazendo uma amostra do que iria desaguar no movimento Black Rio.

“ Este não é apenas um disco seminal, recuperado pelo trabalho meticuloso do titã pesquisador Charles Gavin. É um estuário. Todos os rios negros que formaram o funk/hip hop nativo confluem para ele. Comandado pelo pianista paulista Salvador Silva Filho, o Dom Salvador, Som, Sangue e Raça, de 1971, um ano depois da explosão de Tim Maia, cataliza a formação bossa nova & jazz do lider com rhythm & blues de integrantes como o saxofonista Oberdã Magalhães, sobrinho do mestre do samba enredo Silas de Oliveira e futuro líder da Banda Black Rio, que desde o grupo Impacto 8 (entre outros Robertinho Silva, bateria, Raul de Souza, trombone) já vinha tentando agregar MPB com Stevie Wonder & James Brown. Entram ainda na mistura samba, sotaque nordestino e até o lado negro gato da Jovem Guarda representado pela presença autoral de Getúlio Cortes (irmão do posterior Gerson King Combo, o nosso James Brown cover) em Hei Você!, uma das faixas mais destacadas. Além destes elementos e da presença de Rubão Sabino (baixo), que ainda se assinava Rubens, do baterista Luis Carlos (outro que integraria a Black Rio), o disco arregimenta o trompete e flugelhorn do músico de sinfônica Darcy no lugar do original Barrosinho (mais um fundador da BR), que estava excursionando durante a gravação, mas seria o titular da banda.

Egresso do Beco das Garrafas e a caminho dos EUA, para onde se mudaria em definitivo ainda nos 70, Dom Salvador liderou o Copa Trio ao lado do baixista Gusmão e do batera Dom Um Romão. O grupo serviria de suporte para as decolagens de Elis Regina e Jorge Ben (antes do Jor), entre outros. Formou também o Rio 65 Trio com o baterista Edison Machado. O noneto Abolição (aí incluído o vocal de sua esposa, Mariá) foi uma saída para o desgastado formato trio da bossa nova. E não só. Cada faixa de Som, Sangue e Raça é diferente da anterior por conta de um cuidadoso trabalho de fusão de elementos sonoros até contraditórios como o pique folk de retreta de Folia de Reis moldado em acordeon, sopros (até tu, tuba?) e uma intrusa cuíca. Moeda, Reza e Cor tem um encadeamento de sopros que lembra os arranjos de Gil Evans para Miles Davis, mas logo desagua num solo de piano funkiado pelo baixo elétrico. Samba do Malandrinho levado pianinho (no elétrico digitar de Don Salvador) remete para a bossa nova com direito a improvisos jazzísticos.

Já Tio Macrô, repleto de reviradas de sopro e contraritmo sustentado por baixo engata num samba funk. Intercalando grandiloquencia e balanço, Uma Vida abre com declamação e uma longa introdução pianística depois picotada pelos sopros. E tome funk na veia como nas instrumentais Guanabara e Number One. O piano elétrico alicerça O Rio, um funk andante que desata em samba de escola com direito a apitos. Também a construção de sopros funkiados da faixa título acaba num samba, movido a cuíca. Com acordeon e costura acústica, Tema pro Gaguinho lembra o choro dos regionais, só que devidamente turbinado. Hey! Você (belíssima a condução de sopros) combina R&B com um ritmo de baião que antecipa a fusão de Burt Bacharach. A tamborilada Evo emoldura um funkafro com cuíca e coro. A riqueza das combinações torna o resultado muito acima da média do pop ralo das FMs, o que talvez explique o fato de o disco não ter estourado a despeito de tantos ganchos no recheio. Agora em CD remasterizado haveria até uma nova chance, se a situação não tivesse mudado. Para pior.”

Tárik de Souza

DOM SALVADOR E ABOLIÇÃO – SOM, SANGUE E RAÇA – 1971 – 82Mb – 320Kbps - Link para 4shared

Faixas:

1 - Uma vida - Arnoldo Medeiros e Dom Salvador
2 - Guanabara -Arnoldo Medeiros e Dom Salvador
3 - Hei! Você - Getúlio Côrtes e Nelsinho
4 - Som, sangue e raça -
Marco Versiani e Dom Salvador
5 - Tema pro Gaguinho - Dom Salvador
6 - O Rio - Arnoldo Medeiros e Dom Salvador
7 - Evo - Pedro Santos e Dom Salvador
8 - Numbre one - Dom Salvador
9 - Folia de reis - Paulo Silva e Jorge Canseira
10 - Moeda, reza e cor -
Marcos Versiani e Dom Salvador
11 - Samba do malandrinho - Dom Salvador
12 - Tio Macrô - Arnoldo Medeiros e Dom Salvador

Músicos:

Piano: Dom Salvador
Saxofone e flauta: Oberdan Magalhães
Guitarra: José Carlos
Vocal: Getúlio Cortês
Baixo: Rubão Sabino
Bateria e vocais: Luiz Carlos Santos
Trompete e flugelhorn: Darcy
Vocal: Mariá
Percussão e vocal: Nelsinho
Trombone: Serginho

Temos agora um vídeo da música "Uma vida", deste disco seminal de Dom Salvador e Abolição, numa apresentação para tv com Elis Regina cantando como só ela fazia. Depois temos o vídeo de outra música de Dom Salvador, cantada por Elis Regina no mesmo programa, mas sem a participação dele. Temos a contribuição especial de Rosinha de Valença ao violão e vocais.






quinta-feira, 22 de novembro de 2007

GILBERTO GIL - EXPRESSO 2222 - 1972


Este disco traduz o momento inspirado de Gilberto Gil por sua volta do exílio em Londres, Back in Bahia, a época psicodélica da swinging London de O sonho acabou, da metáfora do Expresso 2222, na sua viagem alterando as consciências pra depois, mas também da nostalgia da terra natal, com a Pipoca moderna através da Banda de Pífanos do Caruaru, O canto da ema, o Chiclete com banana, onde a questão da mistura do tradicional com as influências externas fica evidente, assim como a sonoridade do disco, que traz as guitarras elétricas mescladas com ritmos brasileiros. Temos também uma música que reflete a situação pessoal do artista e os orientalismos em moda na época, Oriente.

A banda que acompanha Gil neste disco vinha de uma turnê onde já apresentavam este repertório que viriam a gravar depois, estando super entrosados, o que se pode notar no disco!

Este cd foi remasterizado do lp original em 1998, onde foram acrescentadas como faixas-bônus Cada macaco em seu galho, com Caetano Veloso, Vamos passear no astral e Está na cara, está na cura, músicas que foram lançadas em compactos.


GILBERTO GIL – EXPRESSO 2222 – 1972 – 69Mb – 192Kbps – link para 4shared

Faixas:

1.Pipoca moderna – Caetano Veloso e Sebastiano Biano

2.Back in Bahia – Gilberto Gil

3.O canto da ema – Ayres Viana, Alventino Cavalcante e João do Vale

4.Chiclete com banana – Gordurinha e Almira Castilho

5.Ele e eu – Gilberto Gil

6.Sai do sereno com Gal Costa – Onildo Almeida

7.Expresso 2222 – Gilberto Gil

8.O sonho acabou – Gilberto Gil

9.Oriente – Gilberto Gil

10.Cada macaco em seu galho com Caetano Veloso – Riachão

11. Vamos passear no astral – Gilberto Gil

12. Está na cara, está na cura – Gilberto Gil

Músicos:

Voz e violão: Gilberto Gil

Guitarra e baixo: Lanny Gordin

Baixo: Bruce Henry

Piano e celesta: Antônio Perna

Bateria e percussão: Tutty Moreno

Deixo agora com vocês um vídeo de uma música inédita de Gil, Banda larga, filmada por Andrucha Waddington em celular, num momento caseiro do nosso filósofo, que está ministro da cultura, para quem “banda larga é a estrada nova por onde vai passar boiada, carro de boi, cegonha carregando outros carros, levando outros carros para outras estradas, carretas, tudo, almas, corações, mentes, livros, fotos, teatro, cinema, televisão, tudo, tudo vai passar por ela”. Música também, claro. Inclusão. Nosso expresso 2222 de agora pra depois.


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

THE BEATLES - SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND - 1967



Para completar estes cinco primeiros discos, reservei este que é uma obra-prima de um grupo que trouxe uma revolução na música, na cultura e nos costumes de uma época, e que continuam a influenciar a todos: The Beatles, com o seminal Sgt. Pepper’s lonely hearts club band, lançado em 1967, época da psicodelia. Este álbum é fruto de mais de 700 horas de gravações nos famosos estúdios de Abbey Road, com experimentações de todos os tipos. É um disco conceitual, onde as músicas estão de certa forma conectadas entre si, representando um todo, não simplesmente uma seqüência de canções.

A arte da capa também foi elevada a um patamar mais alto, com o famoso trabalho de Peter Blake, que trouxe muitas referências e que gerou também muita especulação sobre os significados implícitos nesta capa.

THE BEATLES – SGT. PEPPER’S LONELY HEARTS CLUB BAND – 1967 – 55Mb – 192Kbps – link para 4shared

Faixas:

1.Sgt. Peppers lonely hearts club band - Lennon e McCartney

2.With a little help from my friends - Lennon e McCartney

3.Lucy in the sky with diamonds - Lennon e McCartney

4.Getting better - Lennon e McCartney

5.Fixing a hole - Lennon e McCartney

6.She´s leaving home - Lennon e McCartney

7.Being for the benefit of Mr. Kite! - Lennon e McCartney

8.Within you without you - George Harrison

9.When I’m sixty four - Lennon e McCartney

10. Lovely Rita - Lennon e McCartney

11.Good morning good morning - Lennon e McCartney

12. Sgt. Peppers lonely hearts club band (reprise) - Lennon e McCartney

13. A day in the life - Lennon e McCartney

Músicos:

Guitarra, violão, cítara e vocais: George Harrison
Guitarra, piano e vocais:
John Lennon
Baixo, piano e vocais: Paul McCartney
Bateria e vocais: Ringo Star

Foram utilizados muitos instrumentos musicais, orquestra, sons gravados nas ruas, efeitos diversos, mas não temos mais informações no encarte do álbum.

Joe Cocker gravou uma versão ao vivo da faixa With a little help from my friends que se tornou um clássico, por ter sido no famoso festival de Woodstock e pela força e energia que conseguiu trasmitir. Para não deixar dúvidas, nem pedra sobre pedra, assista esta performance antológica!



sábado, 17 de novembro de 2007

MILES DAVIS - KIND OF BLUE - 1959


Na mesma época da concepção e gravação de " Chega de saudade ", de João Gilberto, Miles Davis grava Kind of blue, álbum divisor de águas do jazz, onde ele avança no jazz modal, num sexteto da pesada, com Bill Evans no piano, John Coltrane no sax-tenor, Julian Cannonbal Adderley no sax-alto, Paul Chambers no baixo e Jimmy Cobb na bateria. Na segunda faixa, Freddie Freeloader, o pianista é o suingado Wynton Kelly.

Miles Davis traz o modalismo para o jazz, que se distingue por permitir ao solista improvisar sem limites estabelecidos, baseados em modos, em escalas e não numa harmonia, numa seqüência de acordes.


Foto do engenheiro de som Fred Plaut da partitura de Cannonbal, com instruções de Bill Evans em Flamenco Sketches, mostrando a estrutura modal em cinco escalas e com a recomendação para ele “tocar no som das escalas”.


MILES DAVIS – KIND OF BLUE – 1959 – 88Mb – 192Kbps – link para 4shared

Faixas:

1.So what – Miles Davis

2.Freddie Freeloader – Miles Davis

3.Blue in green – Miles Davis

4.All blues – Miles Davis

5.Flamenco Sketches – Miles Davis

6.Flamenco Sketches (alternate take) – Miles Davis

Músicos:

Trumpete: Miles Davis

Sax alto: Julian Cannonbal Adderley

Sax tenor: John Coltrane

Piano: Bill Evans

Piano: Wynton Kelly (faixa 2)

Baixo: Paul Chambers

Bateria: Jimmy Cobb

Para um aprofundamento no tema e nesta gravação, há um ótimo livro, que recomendo, de Ashley Kahn: Kind of blue – a história da obra-prima de Miles Davis, pela editora Barracuda.

Gravação em apenas duas sessões ao vivo, com todos juntos, coisa pouco se faz hoje em dia. Uma obra prima, disco que é considerado a maior vendagem em discos de jazz da história.

Aqui vai um vídeo do extenso documentário sobre a história do jazz, de Ken Burns, sobre o álbum Kind of blue, vale a pena ver!




quarta-feira, 14 de novembro de 2007

JOÃO GILBERTO - " CHEGA DE SAUDADE "- 1959

" CHEGA DE SAUDADE ", de João Gilberto, representou um ponto de mutação na música brasileira. Foi a obra que fez a cabeça de muitos músicos compositores, intérpretes, que abriu os ouvidos e as portas para muitos artistas se dedicarem à sua arte. Foi um disco que mudou muita gente, com a depuração do samba que João Gilberto conseguiu com seu violão, unida ao lindo repertório escolhido. Mas deixo com vocês nosso maestro soberano Tom Jobim, com o texto da contra-capa do álbum:

”João Gilberto é um baiano, "bossa-nova" de vinte e seis anos.

Em pouquíssimo tempo, influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores. Nossa maior preocupação, neste "long-playing" foi que Joãozinho não fosse atrapalhado por arranjos que tirassem sua liberdade, sua natural agilidade, sua maneira pessoal e intransferível de ser, em suma, sua espontaneidade. Nos arranjos contidos neste "long-playing" Joãozinho participou ativamente; seus palpites, suas idéias, estão todas aí. Quando João Gilberto se acompanha, o violão é ele. Quando a orquestra o acompanha, a orquestra também é ele. João Gilberto não subestima a sensibilidade do povo.

Ele acredita, que há sempre lugar para uma coisa nova, diferente e pura que - embora à primeira vista não pareça - pode se tornar, como dizem na linguagem especializada: altamente comercial. Porque o povo compreende o Amor, as notas, a simplicidade e a sinceridade. Eu acredito em João Gilberto, porque ele é simples, sincero e extraordinariamente musical.

P. S. - Caymmi também acha.”


JOÃO GILBERTO – CHEGA DE SAUDADE – 1959 –32Mb -192Kbps – link para 4shared


Álbum baixado do blog Loronix – um enorme acervo de música brasileira fora de catálogo. Vale a pena conhecer:

http://loronix.blogspot.com/

Faixas:

01 - Chega de saudade -Tom Jobim e Vinicius de Moraes
02 - Lobo bobo - Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli
03 - Brigas nunca mais - Tom Jobim e Vinicius de Moraes
04 - Hô-bá-lá-lá - João Gilberto
05 - Saudade fez um samba - Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli
06 - Maria Ninguém - Carlos Lyra
07 - Desafinado - Tom Jobim e Newton Mendonça
08 - Rosa morena - Dorival Caymmi
09 - Morena boca de ouro - Ary Barroso
10 - Bim bom - João Gilberto
11 - Aos pés da cruz - Marino Pinto e Zé da Zilda
12 - É Luxo Só - Ary Barroso e Luis Peixoto

Músicos:

Vocal e violão: João Gilberto
Flauta: Copinha
Trombone: Ed Maciel
Bateria: Juca Stockler e Milton Banana
Percussão: Guarani e Ruben Bassini
Backing Vocals: Milton, Acyr e Edgardo
Piano, arranjos da orquestra e regência: Antonio Carlos Jobim

Separei um vídeo de Chega de saudades, somente João e violão e sua filha Bebel Gilberto em sua adolescência.




terça-feira, 13 de novembro de 2007

ANTONIO CARLOS JOBIM - ANTONIO CARLOS JOBIM- 1964



Com muita honra trago outro pilar da discografia brasileira, o também Maestro ANTONIO CARLOS Brasileiro JOBIM, em seu álbum gravado em 1963 em Nova York, pela Elenco de Aloysio de Oliveira e lançado em 1964. Falar da obra do maestro soberano, como disse Chico Buarque de Hollanda, é falar de uma herança musical imensa, enraizada na cultura erudita e popular, que renderam e continuam a render muitos frutos, com várias obras-primas que estão e ficarão com certeza no inconsciente coletivo cultural brasileiro: Garota de Ipanema, Desafinado, Samba de uma nota só, Corcovado, Insensatez, lista longa. Listo algumas que constam nesta gravação, com arranjos para orquestra e regência de Claus Ogerman e produção de Creed Taylor. Clássicos! Standards! Este álbum recebeu da revista americana Down Beat cinco estrelas e consagrou Tom Jobim nos EUA, com seu “piano de um dedo só” e o ritmo contagiante da bossa nova.

ANTONIO CARLOS JOBIM – ANTONIO CARLOS JOBIM – 1964 – 54Mb – 192Kbps – link para 4shared

Faixas:

1. Garota de Ipanema – Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

2.O amor em paz – Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

3.Água de beber – Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

4.Vivo sonhando – Antonio Carlos Jobim

5.O morro não tem vez - Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

6.Insensatez - Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

7.Corcovado - Antonio Carlos Jobim

8.Samba de uma nota só - Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça

9.Meditação – Newton Mendonça

10.Só danço samba - Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

11.Chega de saudade - Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

12.Desafinado - Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça

Músicos:

Violão e piano: Antonio Carlos Jobim

Bateria: Edison Machado

Baixo acústico: George Duvivier

Trombone: Jimmy Cleveland (faixas 3, 4, 9 e 12)

Flauta: Leo Wright

Selecionei também um vídeo onde Tom faz um dueto intimista com Gerry Mulligan, importante e renomado saxofonista americano já na época, ensinando-o o Samba de uma nota só. Uma pérola, que só em tempos de you tube para conseguirmos assistir de novo (parte deste vídeo também aparece num documentário sobre a bossa nova chamado Coisa mais linda). Fazendo uma pequena correção na legenda do vídeo, essa gravação é dos anos 60, provavelmente de 1962-63, logo após ao show da bossa nova no Carnegie Hall e na época da gravação e lançamento deste álbum.



segunda-feira, 12 de novembro de 2007

MOACIR SANTOS - COISAS - 1965



Pra começar bem este blog, nada melhor que um Maestro da música brasileira, Moacir Santos! Trago um dos pilares da discografia nacional, COISAS, 1965, pelo selo Forma, de Roberto Quartin, primeiro disco do maestro, documento histórico fundamental, que ficou décadas fora de catálogo e virou mercadoria disputada em sebos do mundo todo. Com a reedição em CD, em 2004, temos novamente a oportunidade de apreciar este som único, moderno e sempre muito interessante, agora remasterizado. A música de Moacir Santos traz os ritmos, a pulsação africana unida de maneira brilhante aos temas eruditos. Multiinstrumentista, foi professor de certos nomes conhecidos, como Baden Powell, Nara Leão, João Donato, Carlos Lyra, Paulo Moura, Roberto Menescal, Sérgio Mendes, Eumir Deodato, Raul de Souza, para citar alguns! Fiquem com as incríveis Coisas, de Moacir Santos!

COISAS - Moacir Santos - 1965 - 48Mb - 192Kbps - link para 4shared

Faixas:

1. Coisa nº 4 - Moacir Santos
2. Coisa nº 10 - Moacir Santos
3. Coisa nº 5 - Moacir Santos
4. Coisa nº 3 - Moacir Santos
5. Coisa nº 2 - Moacir Santos
6. Coisa nº 9 - Moacir Santos e Regina Werneck
7. Coisa n º 6 - Moacir Santos
8. Coisa nº 7 - (Quem é que não chora?) - Moacir Santos e Mario Telles
9. Coisa nº 1 - Moacir Santos e Clovis Carmello de Mello
10. Coisa nº 8 - (Navegação) - Moacir Santos, Regina Werneck e Nei Lopes

Músicos:

Atuaram nas faixas Coisas nº 1, 2, 3, 4, 5 e 6:

Pistão: Júlio Barbosa

Sax-alto: Dulcilando Pereira

Sax-tenor: Luiz Bezerra

Sax-barítono: Geraldo Medeiros

Trombone: Edmundo Maciel

Trombone-baixo: Armando Pallas

Trompa: João Gerônimo Menezes

Flauta: Nicolino Cópia

Piano: Chaim Lewak

Vibrafone: Claudio das Neves

Violão: Geraldo Vespar

Baixo: Gabriel Bezerra

Bateria: Wilson das Neves

Ritmista: Elias Ferreira

Atuaram nas faixas Coisas nº 7, 8, 9 e 10:

Cellos: Giorgio Bariola, Peter Dautsberg e Watson Clis

Pistão: Júlio Barbosa

Sax-alto: Jorge Ferreira da Silva

Sax-barítono: Moacir Santos

Piano e órgão: Chaim Lewak

Guitarra: Geraldo Vespar

Baixo: Gabriel Bezerra

Bateria: Wilson das Neves

Ritmista: Elias Ferreira

Finalizando este post, uma versão da CéU, promissora compositora, cantora, artista de Sampa, fazendo uma versão contemporânea, com DJ e scratch, de Nanã ou Coisa nº 5, como preferia Moacir Santos, talvez sua música mais conhecida, aí também com letra de Mário Telles. Vídeo gravado no Sesc Pompéia, para o Bem Brasil da TV Cultura. Curtam!